Amianto

Asbestose
A asbestose ou fibrose pulmonar difusa é uma doença grave e progressiva com manifestações clínicas a longo prazo [12]. Esta decorre da inalação excessiva de fibras do amianto, com particular envolvimento das zonas baixas e sub-pleurais do pulmão [11,13]. A cicatrização do pulmão torna a respiração difícil e justifica os problemas respiratórios desta patologia [12]. Esta é uma doença associada ao efeito cumulativo da exposição ao amianto e o período de latência é aproximadamente de 20 anos [13]. A asbestose pode ser caracterizada pela sua gravidade, diretamente relacionada com a proporção do pulmão envolvido, como se visualiza na figura 4. A severidade da doença está também relacionada com o tipo de fibra de amianto (grupo das anfíbolas mais nocivos que o grupo serpentina), fatores imunológicos e genéticos [13].
O quadro clínico não é específico, mas distingue-se da fibrose pulmonar idiopática (problema de diagnóstico mais frequente) pela identificação de fibras de amianto no pulmão ou na expetoração. Para além disso a asbestose apresenta também uma progressão lenta ao longo de décadas. Esta patologia manifesta-se normalmente em indivíduos com uma exposição relativamente elevada [11,13].

Clinicamente a asbestose caracteriza-se pela presença de dispneia, tosse produtiva, “estalos” na auscultação do paciente e pela existência de um padrão ventilatório restritivo, que causa dor no peito [12]. Todos os volumes pulmonares estão diminuídos em testes de função pulmonar. Com o avanço da doença, o aumento da ineficácia de transferência de gases é a medida mais sensível da progressão da patologia [11]. A complicação mais grave desta patologia é a insuficiência cardíaca [12].
